Senado dos EUA aprova do aumento teto da dívida e evita calote

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Em um movimento crucial para garantir a estabilidade econômica do país, o Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (1) o projeto de lei para o aumento do teto da dívida e o limite de gastos do governo por dois anos.

O texto foi aprovado no fim da noite de quinta-feira por 63 votos a 36, o que reflete o apoio de democratas e republicanos. A votação foi o capítulo final de um dia notável de acordos e votações rápidas no Senado, um órgão que normalmente leva dias, não horas, para deliberar e alterar os projetos da Câmara.

Com isso, o presidente americano, Joe Biden, deve assiná-lo nesta sexta-feira (2), apenas três dias antes do prazo final para os EUA evitarem dar um inédito calote da dívida soberana.

Essa medida, portanto, é de extrema importância para evitar o default (calote da dívida) e uma potencial crise financeira, mantendo a credibilidade econômica do país. Neste artigo, discutiremos os detalhes dessa decisão e suas implicações para a economia dos EUA e global.

O atual projeto de lei do teto da dívida da Câmara forneceu US$ 886 bilhões em gastos com defesa para o ano fiscal de 2024, um aumento de 3% ano a ano. Esse número aumentou para US$ 895 bilhões em 2025, elevação de 1%.

TETO DA DÍVIDA – O QUE É?

O teto da dívida nada mais é do que um limite máximo legal imposto ao governo dos EUA sobre a quantidade de dívida que ele pode emitir, ou seja, um teto de até quando ele pode se endividar.

Esse patamar é determinado pelo Congresso do país e representa o valor máximo que o governo pode pegar emprestado para financiar suas operações.

Quando o governo dos EUA atinge esse teto, não pode emitir novas dívidas para cobrir seus gastos, programas e obrigações financeiras.

Então, para continuar financiando suas atividades, o governo busca medidas extraordinárias, como realocar fundos de determinadas áreas do orçamento para cobrir a escassez em outros.

E essa dinâmica é mais comum do que parece. Ela já foi realizada mais de 90 vezes por governos democratas e republicanos desde que se elevou o teto da dívida pela primeira vez, em 1941.

Além disso, o impasse entre os partidos democrata e republicano, principais forças políticas dos EUA, costuma emergir durante as negociações para elevar o teto da dívida, levando a atrasos e incertezas.

A NECESSIDADE DE AUMENTO

A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, disse que o governo provavelmente não conseguiria cumprir suas obrigações depois de segunda-feira, a menos que o Congresso votasse para aumentar o limite da dívida.

Assim, para evitar esse cenário preocupante, o Senado aprovou o aumento do teto da dívida.

Após a votação no Senado, Yellen elogiou o projeto de lei, dizendo que “protege toda a fé e o crédito dos Estados Unidos e preserva nossa liderança financeira, que é fundamental para nosso crescimento econômico e estabilidade”.

Manter a estabilidade econômica é fundamental para qualquer país, e os Estados Unidos não são exceção. Ao aumentar o teto da dívida, o governo garante que pode cumprir suas obrigações financeiras e evita um colapso econômico.

IMPACTOS NOS EUA E NO MUNDO

Com isso, o aumento do teto da dívida tem implicações significativas para a economia dos Estados Unidos e do mundo.

Primeiramente, ela evita a possibilidade de um default, o que ajudará a manter a confiança dos investidores e a estabilidade dos mercados financeiros. Além disso, a medida permite que o governo continue financiando programas essenciais, como segurança social, saúde, educação e infraestrutura.

O aumento do teto da dívida nos Estados Unidos também tem impacto global. Como a maior economia do mundo, as ações tomadas pelos EUA têm repercussões em todo o mundo.

Assim, evitar uma crise financeira nos EUA é fundamental para manter a estabilidade financeira e o crescimento econômico de outros países.

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