A IRB Brasil Re (IRBR3) aprovou nesta quarta-feira (24) a realização da oferta de ações de emissão da companhia para captar até R$1,199 bilhões. A oferta restrita consistirá na distribuição pública primária de, inicialmente, 597 milhões novas ações.
Assim, considerando a cotação de fechamento das ações na B3 ontem (24) no valor de R$ 2,01, a oferta totalizaria R$ 1,199 bilhão.
No entanto, a oferta poderá, a critério da companhia, em comum acordo com os seus coordenadores, sofrer acréscimo de até 200% do total de ações inicialmente ofertadas. Com isso, poderá chegar até 1.194.029.850 novas ações de emissão da IRB.
Em maio de 2022, o IRB teve prejuízo de R$273 milhões, alta de 194% no resultado negativo comparado ao mês de abril/22 (saiba mais).
A empresa vai definir o preço por ação na próxima quinta-feira (1/09). Com isso, as novas ações começam a negociar em bolsa em 05/09/2022.
TUDO OU NADA
A IRB não admitirá distribuição parcial no âmbito da Oferta Restrita.
Assim, caso não exista demanda para a subscrição da totalidade das ações inicialmente ofertadas (sem considerar as ações adicionais) até a data da conclusão do Bookbuilding, a IRB cancelará a Oferta.
Nesse caso, a resseguradora cancelará automaticamente todos os pedidos de subscrição prioritária e todas as intenções de investimento de Investidores Profissionais.
DIREITO DE PREFERÊNCIA e de prioridade
A emissão das novas ações nesta oferta será feita sem direito de preferência dos seus atuais acionistas.
No entanto, será concedida prioridade para subscrição até a totalidade das Ações a serem colocadas por meio da Oferta Restrita (“Direito de Prioridade”).
Veja os detalhes no Fato Relevante de 24/08/2022, no tópico “Procedimentos da Oferta Prioritária” (clique aqui e acesse).
Além disso, os acionistas poderão ceder, total ou parcialmente, os seus respectivos Direitos de Prioridade (somente entre os próprios acionistas).
OBJETIVO DA CAPTAÇÃO
A IRB pretende utilizar os recursos líquidos da oferta prioritariamente para regularização dos indicadores regulatórios estabelecidos pela SUSEP.
Contudo, caso haja recursos excedentes, objetiva “alocá-los para fins corporativos gerais”. Em especial, para o “crescimento orgânico da companhia frente a oportunidades de negócios existentes e para pagamento de passivos contingentes, incluindo aqueles que podem surgir de acordos com as autoridades norte-americanas.”.
Em abril deste ano a SEC (“CVM americana”) abriu processo por fraude contra o ex-CFO do IRB, Fernando Passos. A empresa é listada como “parte relacionada”, mas não é ré no processo.
E você, investidor, acredita que esta é uma boa notícia para o futuro e a recuperação da IRB?