O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), veio melhor do que o esperado pelo mercado em julho. Os dados foram divulgados nesta quarta (10).
O indicador (CPI) é responsável por medir a inflação do consumo nos EUA. No mês de julho, a inflação ficou estável (0%). Porém, o consenso de mercado era de uma alta de 0,2%.
Já na base anual, a inflação norte-americana atingiu 8,5%, abaixo da previsão dos especialistas, que era de 8,7%, e veio abaixo da registrada em junho, de 9,1%, apresentando uma desaceleração.
ENERGIA, ALIMENTOS e Núcleo da inflação
Com a queda no preço da gasolina, o índice de energia caiu 4,6% em julho. Porém, em 12 meses, o preço do combustível acumula alta de 44,0%. Já o preço de energia, apresenta crescimento acumulado de 32,9% em julho (uma desaceleração em relação à alta anual de 41,6% registrada em junho).
Por outro lado, o preço dos alimentos segue em alta (+1,1%), impulsionado pela inflação da alimentação em casa (1,3%).
Assim, em 12 meses, a inflação de alimentos acumula alta de 10,9%, o maior patamar desde maio de 1979.
Por outro lado, o núcleo de inflação, que exclui alimentos e energia, subiu 0,3% em julho de 2022, superando a expectativa para o mês (0,5%).
Por sua vez, na comparação anual o núcleo da inflação atingiu 5,9% em julho, enquanto o esperado era 6,1%.
Investidores no mundo todo aguardavam ansiosos pelos dados da inflação norte-americana. Agora, poderão avaliar o cenário, além de tentar entender como o banco central americano irá reagir.
Após o anúncio de hoje, diminuem um pouco as expectativas para que o Federal Reserve (FED) siga num tom agressivo na condução da política monetária.
De acordo com o Monitor das Taxas de Juros do FED, criado pelo site investing.com, até ontem (9), a expectativa era de uma chance de 52% para um aumento de 75 pontos-base da taxa de juros da economia americana. Hoje, após divulgação do CPI de julho, a chance diminuiu para 49%, enquanto a de uma alta de meio ponto percentual é de 51%.