A inflação nos Estados Unidos ficou acima do esperado em setembro. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,4% na base mensal e 8,2% na anual, abaixo dos 8,3% de agosto (saiba mais).
O CPI (Consumer Price Index) é o indicador responsável por medir a inflação do consumo nos EUA.
O resultado veio pior do que o esperado pelo mercado, já que o consenso era de uma alta de 0,2% na base mensal e alta de 8,1% em 12 meses.
É a primeira vez que a inflação americana (CPI; 8,2%) supera a inflação brasileira (IPCA; 7,17%).
Além disso, os núcleos da inflação também vieram acima das estimativas: 0,6% na base mensal e 6,6% na anual. As projeções de mercado eram de 0,5% e de 6,5%, respectivamente.
Essa alta de 6,6% dos núcleos da inflação na comparação anual é a maior variação registrada desde 1982.
ÍNDICE POR SEGMENTOS
Com a queda na variação do preço da gasolina, o índice de energia recuou 2,1% em setembro, após queda de 5,0% em agosto.
Os preços da gasolina ficaram 4,9% abaixo em setembro, enquanto já havia caído 10,6% no mês anterior .No entanto, os preços de eletricidade (0,4%) e gás natural aumentaram (2,9%), assim como ocorreu em agosto.
Assim, nos últimos 12 meses, o índice de energia aumentou 19,8%, com a gasolina registrando elevação de 18,2% no período.
Por outro lado, índice de óleo combustível teve alta de 58,1% em relação a setembro de 2021, enquanto o índice de eletricidade subiu 15,5% na mesma comparação. Já o índice do gás natural se elevou em 33,1%.
Por fim, destaca-se que Alimentação, Assistência médica e Habitação contribuíram de maneira importante para o aumento mensal do índice, o que foi parcialmente compensado pela queda no índice da gasolina (-4,9%).
Após o anúncio, aumentam as expectativas para que o Federal Reserve (FED) siga num tom agressivo na condução da política monetária. A tendência é que a autoridade siga elevando as taxa de juros, na tentativa de conter a alta generalizada dos preços.