A Fitch, agência global de classificação de risco, elevou o rating de crédito soberano do Brasil de “BB-” (grau especulativo) para BB, com perspectiva estável. Em julho de 2022, a agência havia mantido o rating BB- e melhorado a perspectiva de negativa para estável.
A agência afirmou que a elevação da nota de crédito soberano do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado em meio a choques sucessivos nos últimos anos, políticas proativas e reformas. Além disso, há a expectativa de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais.
A agência destaca, ainda, que o Brasil é uma economia grande e diversificada. O país demonstra capacidade de absorção de choques, sustentada por uma taxa de câmbio flexível, reservas internacionais robustas (US$ 346 bilhões) e uma posição de credor externo líquido soberano.
Assim, a Fitch projeta um crescimento do PIB real em 2,3% em 2023 (ante 0,7% da projeção anterior). Também estima a convergência para um crescimento estrutural de 2,0% ao ano no médio prazo.
Enquanto isso, aponta que os esforços para melhorar o balanço fiscal devem conduzir o resultado primário para os intervalos preconizados pelo arcabouço fiscal, de 0% do PIB em 2024 e 0,5% do PIB em 2025.
Nesse passo, a dívida/PIB teria aumento em 2023 para 75%. Subindo marginalmente nos anos seguintes, mas a uma taxa mais reduzida em comparação com projeções passadas.
RATING SOBERANO – O QUE É
A classificação de risco (rating) soberano é a nota dada por instituições especializadas em análise de crédito (agências classificadoras de risco) a um país emissor de dívida.
Assim, tais agências avaliam a capacidade e a disposição de um país em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida.