O Fed, por meio do seu Comitê de Mercado Aberto (Fomc) elevou a taxa básica de juros dos EUA em 0,75 ponto percentual e apontou para a continuidade do ciclo de aperto monetário.
Com isso, a taxa ficará na faixa de 3,00% a 3,25% a.a. A decisão foi unânime e já era esperada pelo mercado. É a quinta alta em 2022 e a terceira desta magnitude.
Além disso, o Fed decidiu elevar a taxa de juros paga sobre saldo de reserva para 3,15%. Tal decisão entra em vigor a partir desta quinta-feira (22).
No comunicado, os dirigentes do Fed destacaram que a inflação segue elevada, com desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, alta nos preços de alimentos e energia e “pressões de preços mais amplas.”.
O Fed destacou ainda a influência da guerra entre Rússia e Ucrânia, que “está causando enormes prejuízos humanos e dificuldades econômicas.”
Com isso, a autoridade monetária continua atenta aos riscos inflacionários e comprometida em trazer os índices para a meta de 2%.
A média das projeções dos dirigentes do Fed aponta para juros de 4,4% ao final de 2022. Dezessete oficiais da autoridade monetária veem juros entre 4% e 4,5%.
Enquanto isso, para o final de 2023, a projeção média é de juros em 4,6%. Por outro lado, para o final de 2024, a projeção é de 3,9% e de 2,9% ao final de 2025.
PIB
Já em relação ao Produto Interno Bruto, a mediana das projeções caiu drasticamente. Para se ter uma ideia, em junho, os dirigentes do Fed projetavam crescimento de 1,7% para a economia americana em 2022. Contudo, agora, preveem um leve avanço, de 0,2%.
Por fim, para 2023, a projeção caiu de 1,7% para 1,2% e em 2024 foi de 1,9% para 1,7%.
INFLAÇÃO
Nesse contexto, a preocupação com o controle da inflação é mais do que justificável. A mediana das projeções para o CPI (índice de inflação ao consumidor dos EUA) ao final de 2022 passou de 5,2% para 5,4%. Por outro lado, em 2023 foi de 2,6% para 2,8%. E, por fim, para 2024, de 2,2% para 2,3%.