A extrema pobreza no Brasil caiu em 2020 para o menor nível da série histórica, iniciada em 1980. O Banco Mundial atualizou os dados em outubro de 2022, mostrando que o Brasil foi o país que mais reduziu a taxa em toda América Latina.
Em 2019 o percentual de pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza no Brasil era de 5,4% da população. Porém, em 2020 a taxa caiu para 1,9%, o que corresponde a uma redução de 3,5 pontos percentuais.

Com isso, o número passou de 11,37 milhões para 4,14 milhões de brasileiros no período, ou seja, 7,23 milhões saíram da extrema pobreza no período.
Além disso, o Brasil também foi o país que mais reduziu a pobreza extrema entre 2016 e 2020. No período, a taxa caiu 2,8 pontos percentuais, passando de 4,7% para 1,9%.
O Banco Mundial considerar que uma pessoa vive em extrema pobreza, quando ela recebe até US$2,15 (cerca de R$10,80) por dia. No Brasil, em 2020 um grande número de pessoas passou a receber auxílio emergencial em razão dos fechamentos decorrentes da pandemia de covid-19.
O grande responsável pela redução da extrema pobreza no país, foi a concessão do auxílio-emergencial durante o ano de 2020, como forma de proteger a população mais vulnerável diante do “fechamento” da economia no período mais agudo da pandemia de covid-19.
O AUXÍLIO EMERGENCIAL
Criado em abril de 2020, o auxílio emergencial permitiu o pagamento direto de cinco parcelas de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras). O objetivo foi ajudar a população mais vulnerável afetada pela pandemia.
Além disso, entre setembro e dezembro de 2020, o programa o governo federal prorrogou o programa e houve o pagamento de mais quatro parcelas de R$ 300 (R$ 600 para mães solteiras).
Por fim, o governo retomou o programa em abril de 2021 por causa da segunda onda da pandemia de covid-19, com parcelas entre R$ 150 e R$ 375. Em princípio seriam cinco parcelas, mas a lei que autorizou o auxílio emergencial em 2021 prorrogou o pagamento por mais três parcelas de igual valor.