A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,3% no trimestre encerrado em maio, em linha com o esperado pelo mercado. Assim, o resultado representa queda de 0,3 ponto percentual comparado ao trimestre anterior (dezembro a fevereiro).
O IBGE divulgou os dados nesta sexta-feira (30). Os números fazem parte da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua).
Segundo o órgão, essa é a menor taxa para um trimestre encerrado em maio desde 2015. Na ocasião, a taxa de desemprego ficou também em 8,3%. Por outro lado, a taxa de desocupação caiu 1,5 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.
De acordo com a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, o recuo no trimestre “foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores.”. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação, segunda afirmou Adriana.
A população desocupada atingiu 8,9 milhões de pessoas trimestre encerrado em maio, 3,0% abaixo do trimestre imediatamente anterior e 15,9% inferior em relação ao mesmo período de 2022.
Por sua vez, o número de pessoas ocupadas (98,4 milhões) ficou estável na comparação com o trimestre anterior e 0,9% acima, frente a igual período do ano passado.

O número de empregados com carteira de trabalho ficou estável em relação ao trimestre anterior, chegando a 36,8 milhões. Na comparação anual, cresceu 3,5% (1,83 milhão de pessoas a mais).
Além disso, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,9 milhões de pessoas) também se mostrou estável, tanto no trimestre quanto no ano.
RENDA
Já o rendimento real habitual (R$ 2.901) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 6,6% no ano.
Por outro lado, a massa de rendimento real habitual (R$ 280,9 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 7,9% na comparação anual.
SOBRE A PESQUISA
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.