A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,3% em outubro, patamar menor que o esperado pelo mercado, que era de 8,5%.
O IBGE divulgou os dados nesta quarta-feira (30), que fazem parte da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra e Domicílios Contínua).
A população desocupada (9,0 milhões de pessoas) caiu ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015. O dado representa um recuo de 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e de 30,1% (menos 3,9 milhões) no ano.

Enquanto isso, a população ocupada atingiu 99,7 milhões, recorde da série iniciada em 2012, com alta de 1,0% (mais 1,0 milhão) ante o trimestre anterior e de 6,1% (mais 5,7 milhões) no ano.
Assim, o nível da ocupação – ou seja, o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar – atingiu 57,4%, subindo 0,4 p.p no trimestre e 2,8 p.p. no ano. Esse também é o nível mais alto desde o trimestre móvel terminado em abril de 2015.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 2,3% em relação ao trimestre anterior (822 mil pessoas a mais), chegando a 36,6 milhões.
Além disso, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado bateu o recorde da série. Chegou a 13,4 milhões de pessoas, um aumento de 2,3% (297 mil pessoas) contra o trimestre anterior e de 11,8% (1,4 milhão de pessoas) no ano.
RENDA CRESCE
A PNAD mostrou ainda que houve crescimento real da renda do trabalhador. Isso porque, o rendimento real habitual cresceu 2,9% em relação ao trimestre anterior, chegando a R$2.754.
Além disso, a massa de rendimento real habitual (R$ 266,7 bilhões) cresceu 4% no trimestre e 11,5% na comparação anual, atingindo uma alta recorde na série histórica.
SOBRE A PESQUISA
A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.