O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou deflação (queda de preços) de 0,69% em agosto de 2022. No mês anterior, a inflação medida pelo indicador foi de 0,60%. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou hoje os dados do índice.
Assim, o IGP-10 acumula alta de 8,43% no ano e de 8,82% em 12 meses. Por outro lado, em agosto de 2021, o índice subiu 1,18% e acumulava alta de 32,84% em 12 meses, na época.
QUEDA DE PREÇOS NO ATACADO E NO VAREJO
Além disso, verifica-se que tanto os preços do atacado quanto os do varejo tiveram deflação em agosto, vejamos:
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, teve deflação de 0,65% no mês, ante inflação de 0,57% em julho.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, passou de uma inflação de 0,42% em julho para deflação de 1,56% em agosto.
No IPC, cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram queda em suas taxas:
- transportes
- educação
- leitura e recreação
- habitação
- alimentação
- vestuário.
Assim, as principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens:
- gasolina (-1,49% para -16,88%),
- passagem aérea (6,99% para -28,95%),
- tarifa de eletricidade residencial (-1,45% para -4,14%),
- carnes bovinas (0,27% para -0,65%)
- roupas (0,99% para 0,36%).
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também teve queda na taxa de julho para agosto, mas ainda continuou registrando inflação. A taxa caiu de 1,26% em julho para 0,74% em agosto.
Por fim, lembro que os índices acima são os “formadores” do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), também medido pela Fundação Getúlio Vargas. O cálculo do IGP-M é resultado da média ponderada desses três índices na seguinte proporção:
- IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo => 60%);
- IPC (Índice de Preços ao Consumidor =>30%) e
- INCC (Índice Nacional de Custo da Construção =>10%)