Imagem: Reprodução Twitter IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu 0,36% em agosto na comparação mensal com julho. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados hoje (9) pelo IBGE.
É a segunda deflação consecutiva. Em julho de 2022 o IBGE registrou a menor inflação desde 1980, com um recuo de 0,68% (veja aqui).

Com isso, o IPCA segue desacelerando, ficando em 8,73% no acumulado em 12 meses e 4,39% em 2022. Em agosto de 2021, ao invés de queda, houve alta 0,87%.

O resultado veio em linha com o esperado pelo mercado, que era uma deflação de 0,39% em agosto e uma desaceleração do IPCA para 8,72% em 12 meses.
VARIAÇÃO POR GRUPOS
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois apresentaram deflação em agosto, enquanto os outros sete tiveram alta de preços.
O resultado do mês foi influenciado principalmente pelo grupo dos Transportes que teve a maior queda (-3,37%) no índice de agosto, com peso de -0,72 ponto percentual
Além disso, também houve recuo nos preços do grupo Comunicação (-1,19%), com impacto de -0,06 p.p., principalmente pela redução nos planos de telefonia fixa (-6,71%) e móvel (-2,67%).
A maior variação positiva, por sua vez, veio de Vestuário (1,69%), que acelerou em relação a julho (0,58%), contribuindo com 0,08 p.p. no índice.

INPC
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) caiu 0,31% em agosto. No mês passado, o índice também apresentou queda, de 0,60%. Foi a menor variação registrada desde o início da série histórica, iniciada em abril de 1979.
Assim, no ano, o INPC acumula alta de 4,65%, enquanto, nos últimos 12 meses, soma crescimento de 8,83%, abaixo dos 10,12% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2021, a taxa foi de 0,88%.
Os produtos alimentícios desaceleraram de 1,31% em julho/22 para 0,26% em agosto/22, enquanto os não alimentícios registraram queda de 1,21 % para -0,50%.
METODOLOGIA DOS ÍNDICES
O IPCA e o INPC são ferramentas para medir a inflação sobre o consumo das famílias brasileiras e são calculados pelo IBGE. Assim, o governo os utiliza como referência para sua política econômica.
O IPCA abrange famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.