Crise na argentina: corrida aos bancos e US$1 bilhão em saques

Nas últimas sete semanas os argentinos sacaram mais de US$1 bilhão do sistema bancário do país. Enquanto isso, o governo tenta convencer a população de que, apesar da crise, o peso (moeda oficial da Argentina) irá se estabilizar.

Os saques aumentaram em ritmo acelerado após a renúncia do então ministro da economia, Martins Guzmán, aprofundando a crise argentina.

De acordo com o banco central argentino, os depósitos totais caíram para US$14,55 bilhões em 16 de agosto deste ano.

A quantia é menos da metade do nível máximo, atingido em 2019, de aproximadamente US$32 bilhões, quando uma votação primaria passou a indicar que o atual presidente do país, Alberto Fernández deveria vencer a eleição.

Entre a votação e a posse do atual presidente, os argentinos sacaram bilhões de dólares do país em depósitos.

A crise cambial do país se arrasta há, pelo menos, 20 anos. Embora os argentinos estejam “acostumados” com as pressões de preço, a inflação oficial da Argentina atualmente é a mais alta dos últimos 30 anos.

Nos últimos 12 meses, o aumento de preços foi, em média, de 71% e até o final do ano o índice deve alcançar pelo menos 90%.

Há quem estime que a inflação chegue a um patamar acima de 100%, especialmente após o recente aumento nas tarifas de serviços públicos (saiba mais aqui) e uma provável desvalorização da moeda local.

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