O Comitê de Política Monetária Nacional (Copom) elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual nesta quarta-feira (06), passando de 10,75% a.a para 11,25% a.a.
A decisão dá continuidade ao ciclo de alta dos juros no Brasil, após a última reunião, que já havia interrompido um período de três meses de manutenção da taxa.
O Copom vinha mantendo a taxa em 10,50% a.a desde o final de junho deste ano, quando decidiu pela elevação para 10,75% na reunião passada. A decisão pela elevação da Selic para 11,25% a.a. foi unânime.
O Comitê avaliou que há uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação.
Assim, o Copom entendeu que entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se
(i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado;
(ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado;
e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
Enquanto isso, entre os riscos de baixa, o Copom ressalta os seguintes fatores:
(i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada;
(ii) os impactos do aperto monetário sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.
TAXA SELIC “META” – O QUE É
A Selic é a taxa básica de juros da economia, influenciando todas as taxas de juros do país, como as dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Assim, é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária Nacional), órgão composto por 8 membros, o presidente do Banco Central e sete diretores. O grupo se reúne cada 45 dias, podendo manter, aumentar ou reduzir a taxa.
Por fim, é bom reforçar, que o comitê decide sobre a taxa após realizar extensas análises e projeções que levam em conta diversos indicadores econômicos.
E aí, investidor, o que achou da decisão do Copom?