Copom Eleva Selic novamente; Juros sobem para 13,25%

O Comitê de Política Monetária Nacional (Copom) elevou a Taxa Selic em 1,00 ponto percentual nesta quarta-feira (29), passando de 12,25% a.a. para 13,25% a.a., como já amplamente esperado pelo mercado.

A decisão, assim, dá continuidade ao ciclo de alta dos juros no Brasil e mantém a sua aceleração, diante dos riscos fiscais e da preocupação com a alta da inflação no país.

O Copom vinha mantendo a taxa em 10,50% a.a desde o final de junho de 2024, quando decidiu pela elevação para 10,75% em outubro do ano passado, e por uma nova alta de 0,50 p.p na reunião de novembro.

A decisão atual pela elevação da Selic para 13,25% a.a. foi unânime.

No comunicado o Copom já antevê um aumento “de mesma magnitude na próxima reunião”, como já havia antecipado no comunicado da reunião anterior, em que elevou a Selic

AMBIENTE EXTERNO – EUA

O Comitê avaliou que o ambiente externo permanece desafiador em função, principalmente, da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, “o que suscita mais dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed.”, informou o comunicado oficial.

CENÁRIO DOMÉSTICO

Por outro lado, no cenário doméstico, o Copom entende que “o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo”.

Destacou, ainda, que “a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação e novamente apresentaram elevação nas divulgações mais recentes.”

Apesar disso, o Comitê concluiu que persiste uma assimetria altista em seu balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação. 

Assim, o Copom entendeu que entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se:

(i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado;

(ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo;

e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.

Enquanto isso, entre os riscos de baixa, o Copom ressalta os seguintes fatores:

(i)  impactos sobre o cenário de inflação de uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada;;

(ii) um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais.

TAXA SELIC “META” – O QUE É

A Selic é a taxa básica de juros da economia, influenciando todas as taxas de juros do país, como as dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

Assim, é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária Nacional), órgão composto por 8 membros, o presidente do Banco Central e sete diretores. O grupo se reúne cada 45 dias, podendo manter, aumentar ou reduzir a taxa.

Por fim, é bom reforçar, que o comitê decide sobre a taxa após realizar extensas análises e projeções que levam em conta diversos indicadores econômicos.

E aí, investidor, o que achou da decisão do Copom?

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