A Companhia Paranaense de Energia – Copel (CPLE6) registrou um lucro líquido consolidade de R$ 1,217 bilhões no 3T24. O resultado é 175,9% acima ao reportado no mesmo período de 2023.
O resultado foi impactado por ganhos de capital de R$ 470,3 milhões resultantes dos desinvestimentos dos ativos Compagas e UEGA, e de R$ 174,5 milhões na venda de imóveis inservíveis da Copel GeT.
No entanto, desconsiderando os efeitos não recorrentes, o lucro líquido ajustado registrou uma queda de 32,5%, influenciado principalmente pelo benefício tributário gerado no 3T23 devido à maior distribuição de Juros sobre Capital Próprio.
O Ebitda ajustado atingiu R$ 1,239 bilhão, queda de 10,9%. Enquanto isso, o Ebitda sem ajustes somou R$ 1,526 bilhão, alta de 91%.
A margem Ebitda foi de 26,6%, frente14,4% de um ano antes, enquanto a margem ajustada atingiu 21,6% contra 25,1% do mesmo período do ano passado.

DESEMPENHO OPERACIONAL
No período, a receita operacional líquida da Copel avançou 3,5% em relação a igual trimestre de 2023, somando R$ 5,735 bilhões na base anual.
Segundo a empresa, o resultado reflete principalmente o acréscimo de R$ 429,4 milhões na receita de fornecimento de energia elétrica, em função, essencialmente, do crescimento de 9,0% no mercado cativo faturado e do reajuste tarifário aplicado na componente de Tarifa de Energia (TE) da distribuidora em junho de 2023, com efeito médio de 17,4%.
Já custos e despesas operacionais das operações continuadas totalizaram R$ 4,64 bilhões, redução de 10,1% em comparação aos R$ 5,16 bilhões registrados em 3T23.
Em 30 de setembro de 2024, a dívida líquida ajustada da Copel era de R$ 8,216 bilhões.
No 3T23 o resultado financeiro foi negativo em R$ 222,4 milhões, ante R$ 322,8,7 milhões negativos registrados no 3T23.
Assim, as receitas financeiras apresentaram um acréscimo de R$ 111,4 milhões.
Por fim, destaca-se que a alavancagem da Copel ficou em 1,5 vezes a relação dívida/Ebitda, redução de 0,4 ponto percentual (p.p.).