A Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, anunciou ontem (25) que obteve um lucro líquido de R$1,436 bilhão no terceiro trimestre de 2022 (3T22). O lucro bilionário representa uma alta de 9,3% na comparação anual.
Os resultados foram impactados positivamente pela melhora no resultado financeiro no período e contribuíram para a aprovação da distribuição de R$300 milhões em JCP em agosto de 2022, bem como para a execução do Programa de Recompra de Ações da operadora (R$ 144 milhões em recompras no 3T22).
A projeção do mercado (Refinitiv) era de que o lucro líquido da empresa fosse de R$852,38 milhões no terceiro trimestre.
Além disso, a base da clientes atingiu 112 milhões de acessos totais. A empresa informou que desconectou 2,0 milhões de acessos considerados inativos provenientes da aquisição da Oi Móvel.
RECEITAS
A Receita líquida da Vivo cresceu acima da inflação, com alta de 10,6% no 3T22 na comparação com mesmo período de 2021. O resultado foi impulsionado pela receita de serviço móvel (+13,8% a.a) e de aparelhos (+25,9% a.a).
Por sua vez, a receita fixa total manteve o desempenho positivo (+2,1% a/a) pelo quinto trimestre consecutivo, com destaque para a receita de FTTH (fibra para casa), que cresceu 20,1% na base de comparação.
O Fluxo de caixa livre totalizou R$ 1,83 bilhões (-30,2% a/a) no trimestre. A queda, segundo a Vivo, se deu em razão do maior nível de investimentos, maior pagamento de impostos e da menor variação do capital circulante.
Enquanto isso, o Ebitda recorrente (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$4,957 bilhões, crescimento de 12,3% na comparação anual, devido ao forte desempenho do segmento móvel.
Por outro lado, a margem Ebitda recorrente foi de 40,6% no 3T22, alta de 0,6 ponto percentual na base anual.
DESPESAS E INVESTIMENTOS
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 37 milhões no terceiro trimestre de 2022, um aumento de 85,3% em relação ao mesmo período de 2021.
Segundo a Telefônica, o aumento da sua despesa financeira ocorreu pelos seguintes fatores:
- Maior endividamento médio
- Aumento da taxa de juros no período;
Por outro lado, os custos totais recorrentes somaram R$ 7,242 bilhões no 3T22, alta de 9,4% frente ao 3T21.
Além disso, os investimentos realizados pela companhia atingiram R$ 2,586 bilhões no terceiro trimestre de 2022. O dado representa 21,2% da receita líquida do trimestre, crescimento de 1,7 p.p. na comparação anual.
Segundo a empresa, os investimentos foram direcionados ao reforço da rede móvel, com destaque para a ativação do 5G nas capitais, além do investimento na expansão da rede de fibra.
LÍDER DE MERCADO
Por fim, destaca-se-se que a Vivo segue na liderança do mercado, com 38,3% de market share. No 3T21, a fatia de mercado dominada pela empresa era de 33,0%.