Neste mês de novembro, a gestora Investo lançou na B3 o LFTS11 (“Investo LFTS”), um ETF que acompanha a performance de títulos públicos pós fixados atrelados à Selic (Tesouro Selic), com prazo de vencimento superior a 2 anos.
O LFTS11 acompanha a performance do índice Teva Tesouro Selic, carteira de títulos públicos do tipo Tesouro Selic, criada pela gestora Investo.
É o primeiro fundo de índice listado na B3 a seguir o desempenho dos títulos públicos pós-fixados. Em geral, até o lançamento do LFTS11, os ETFs de renda fixa disponíveis tinham como referência índices atrelados à inflação, como o IMA-B.
Dessa forma, o ETF seguirá a rentabilidade da Taxa Selic, que atualmente é de 13,75% ao ano.
TAXA DE ADMINISTRAÇÃO
Além disso, o LFTS11, possui taxa de administração de 0,19% ao ano e o investidor poderá adquiri-lo a partir de R$ 100, valor da cota.
A taxa é menor do que a cobrada no Tesouro Selic adquirido via Tesouro Direto em aplicações superiores a R$10.000,00, que é de 0,20%. Por outro lado, até 10 mil reais, o investimento direto no Tesouro Selic é isento dessa taxa.
TRIBUTAÇÃO
Na parte tributária está uma das principais vantagens de um ETF como o LFTS11. Nele o investidor estará sujeito a um IR de 15%, independentemente do prazo de manutenção do investimento.
Isso revela uma vantagem tributária se comparado ao investimento no Tesouro Selic diretamente via Tesouro Direto, por exemplo.
Isso porque, no Tesouro Direto, a tributação é regressiva, ou seja, reduz de acordo com o prazo da aplicação. Começa em 22,5% (até 180 dias), mas chega a 15%, patamar mínimo, somente após 720 dias.
O mesmo ocorre nos fundos DI, que também possuem tributação regressiva nos mesmos moldes. Neles, ainda há a cobrança do come-cotas, uma espécie de adiantamento da cobrança do IR, duas vezes por ano, e que prejudica a rentabilidade do investimento.
No LFTS11 o IR é sempre de 15% sobre o ganho de capital, já que o ETF acompanha a performance de um índice com prazo médio (duration) acima de dois anos.
Além disso, tanto no Tesouro Direto, quanto nos fundos DI, há cobrança de IOF para resgates em até 29 dias após o aporte, o que não existe no ETF de renda fixa, como o LFTS11.
Um ponto interessante, é que no ETF de renda fixa, o IR é retido direto na fonte, ou seja, o recolhimento do IR não é de responsabilidade do investidor, mas sim da gestora do fundo, que já repassa ao cotista o valor descontado do IR devido.
LIQUIDEZ
Por fim, destaca-se que O LFTS11, assim como os demais ETFs de renda fixa negociados na B3, possui liquidez em D+1, ou seja, o recurso resgatado leva um dia útil para cair na conta do investidor.
Enquanto isso, no Tesouro Direto, se o pedido de venda for feito até às 13h, você consegue “resgatar” o valor investido no mesmo dia. Após esse horário, somente no dia útil seguinte.
Com todas as características descritas acima, o LFTS11 tem frequentemente sido apontado por especialista, influencers de finanças e casas de análise com uma boa opção para o investidor aportar pensando na sua reserva de emergência ou caixa para aproveitar boas oportunidades no mercado.