Nesta quarta-feira foi julgada a venda da operação móvel da Oi (OIBR3) para as concorrentes do setor TIM (TIMS3), Claro e Vivo (VIVT3).
A votação foi acirrada onde três conselheiros votaram contra e outros três foram a favor da venda.
O presidente Alexandre Cordeiro Macedo foi o último a votar e também foi a favor da venda. Como o voto de minerva era dele em caso de empate, a venda foi aprovada.
Segundo o conselheiro-relator Luis Braido, com a compra aprovada, Claro, TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3) passam a deter entre 95 e 98% do mercado.
“Essa divisão não é só de ativos, mas claramente de mercado”, afirmou o promotor Waldir Alves.
A TRAJETÓRIA DA OI
Criada ainda no governo Lula com a promessa de ser a maior do mercado, a Oi passou por diversos problemas societários e financeiros, o que levou a empresa a entrar com processo de recuperação judicial em 2016.
A companhia está há mais de cinco anos buscando maneiras de sair do “fundo do poço” e depois de tentativas fracassadas, a venda fracionada dos ativos foi uma solução viável encontrada.
Quando entrou com pedido de recuperação judicial, a dívida líquida de R$ 65 bilhões. O montante caiu para R$ 29,9 bilhões, mas ainda não é o suficiente para a empresas mudar de patamar.
Com a divisão das redes móveis da Oi, o mercado contará com três operadoras de grande porte com poder de fogo semelhante e negócios independentes. Portanto, este era o argumento defendido por quem estava contra a venda, de formação de monopólio.
As 16h as ações da OIBR3 subiam 3,85%, cotadas a R$ 1,08.