As exchanges de criptomoedas estão agilizando medidas de transparência, como a contabilização pública de reservas, depois do colapso da FTX que abalou a confiança que abala dos investidores.
A empresa faliu em uma semana após ficar ilíquida e bloquear saques de clientes. Cerca de um milhão de pessoas possuem dinheiro preso na corretora.
A Bitso, fundada no México e com operações no Brasil, garante que todos os recursos de clientes estão sob a custódia da corretora e protegidos de qualquer risco de liquidez ou crédito.
“Até agora, vimos uma maior tendência das empresas em compartilhar parte de seus ativos, mas não divulgar seus passivos”, apontou a exchange.
O movimento acompanhou pares globais como Kraken e Bitfinex, que já divulgaram suas Provas de Reserva.
Outras gigantes como OKX, Kucoin e Crypto.com prometem liberar os dados dentro de um mês.
O Mercado Bitcoin não irá aderir à iniciativa de divulgação de Prova de Reserva pois defende defende que a melhor solução é a segregação do patrimônio próprio e de clientes aliada a supervisão regulatória.
“Esse tipo de recurso é limitado, pois não demonstra que os ativos correspondem ao saldo dos clientes em uma plataforma”, afirmou a empresa.
Já a Foxbit, uma das exchanges pioneiras do Brasil, está acelerando o processo para apresentar a Prova de Reserva.
“Por segurança, as movimentações que fazemos são somente o balanceamento de diversas carteiras para manter sempre a custódia dos clientes protegida”, explicou o CEO.
A Crypto.com sofreu críticas após dados divulgados mostrarem suposto tráfego de ativos de clientes entre carteiras da corretora e plataformas de empréstimo. Entretanto, a empresa nega usar dinheiro de usuários para operações de alavancagem.