O Ministério da Agricultura da China afirmou que tentará proteger sua colheita de grãos da seca recorde que assola o país. A medida consiste em usar produtos químicos para “criar chuva”.
O país enfrenta o verão mais quente e seco desde que o governo começou a registrar chuvas e temperaturas, há 61 anos. A seca murchou as colheitas e deixou os reservatórios com metade do nível normal de água.
O ministro da Agricultura, Tang Renjian, afirmou que as autoridades tomarão medidas de emergência para “garantir a colheita de grãos no outono”. Tal colheita representa 75% do total anual da China.
Segundo ele, o plano é “aumentar a chuva” produzindo nuvens com produtos químicos e pulverizando as plantações com um “agente de retenção de água”, para limitar a evaporação.
Isso porque, uma colheita de grãos menor para a China aumentaria a demanda por importações.
Este é mais um desafio para o Partido Comunista, que está tentando sustentar o fraco crescimento econômico e promover o terceiro mandato do presidente Xi Jinping.
Além disso, fábricas na província de Sichuan, no Sudoeste da China, foram fechadas na semana passada para economizar energia para as residências. Com as temperaturas chegando até 45 ºC a demanda por ar condicionado aumentou bastante.
Neste domingo (21) as empresas aguardavam notícias sobre a prorrogação da paralisação.
INUNDAÇÕES
Por outro lado, no Noroeste da China, áreas do país sofrem com as inundações repentinas que mataram pelo menos 26 pessoas e deixaram cinco desaparecidas.
Deslizamentos de lama e rios também atingiram seis aldeias nas proximidades da Grande Muralha e forçaram cerca de 1,5 mil pessoas a deixarem suas casas.