Desemprego cai a menor nível desde 2015

 O Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea), em estudo divulgado nesta sexta-feira (24) aponta que a taxa de desemprego caiu para 9,4% em abril de 2022. É o menor patamar desde outubro de 2015.

Assim, a análise registra que a taxa de desocupação recuou 4,9% pontos percentuais em relação a 2021.

Por sua vez, a população ocupada em abril atingiu 97,8 milhões de trabalhadores, o índice mais alto desde o início da PNAD, em 2012, enquanto a força de trabalho avançou 3,7% de janeiro e abril e atingiu 109,1 milhões de pessoas, maior número já apurado na pesquisa.

DESTAQUES (segmentos – idade – regiões)

O estudo analisou 13 setores econômicos no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Seis deles apresentaram crescimento de ocupação superior a 10%. Os destaques foram os segmentos de alojamento e alimentação (32,5%), serviços pessoais (19,5%) e domésticos (19,4%).

Todas as faixas etárias registraram expressiva queda na desocupação e a redução da taxa de desemprego foi maior entre os mais jovens (entre 18 e 24 anos), com retração de 7,2 p.p. na desocupação entre o primeiro trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022 passando de 30% para 22,8%.

Por outro lado, no recorte regional, a redução foi mais intensa nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, cujas taxas de desocupação caíram 4,3 e 4,2 pontos percentuais respectivamente, entre os primeiros trimestres de 2021 e 2022.

Assim, as taxas passaram de 12,8% para 8,5% no Centro-oeste e de 15,3% para 11,1% no Sudeste. Em termos absolutos, a menor taxa de desocupação é a da região Sul (6,5%), enquanto o maior desemprego está na região Nordeste (14,9%).

MAIS ESPERANÇA

Além disso, o estudo demonstrou a queda no desalento: classificação utilizada para incluir as pessoas que gostariam de trabalhar, mas desistiram de procurar emprego por acreditar que não seria possível encontrar um posto de trabalho. A proporção recuou de 5,1% para 3,7% e representa um total de 4,2 milhões de pessoas. É o menor número desde setembro de 2017.

SUBOCUPADOS

Por fim, a análise aponta que cerca de 6,5% da população trabalha menos de 40h semanais e gostaria de trabalhar mais. O dado reflete uma queda de 1,7 ponto percentual em relação a abril de 2021.

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