Um grupo de 193 investidores assistidos pelo Instituto Ibero-americano Empresa está processando a empresa de auditoria PwC pela atuação no caso IRB.
Os investidores pedem reparação de danos pela atuação “omissa” da PwC em relação à análise da contabilidade do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil). O grupo alega que sofreu um prejuízo estimado de R$ 95 milhões.
Além disso, os investidores preparam uma demanda semelhante pela atuação da PwC no caso Americanas. Inconsistências contábeis de mais de R$ 20 bilhões levaram a varejista a pedir recuperação judicial.
“Os fundamentos serão empregados contra a mesma auditoria no caso Americanas porque se trata, em última instância, da mesma omissão de deveres objetivos dos Auditores”, destacam em nota.
Segundo Eduardo Silva, presidente do Instituto, o que está em questão é a auditoria ter descumprido normais contábeis. Segundo afirma, mesmo ciente do fraude, a PwC teria deixado de alertar os investidores.
De acordo com o Instituto, ao publicar o balanço do último semestre de 2019, a empresa de auditoria já sabia das questões levantadas pela gestora Squadra, a primeira a questionar os resultados do IRB.
No entanto, a PwC deixou de fazer qualquer anotação, nota ou ponderação e acabou, segundo a visão do Instituto Ibero-americano Empresa, induzindo os investidores ao erro, da mesma forma que a própria empresa.
Por outro lado, o Instituto ressalta ainda, que diante da perda de credibilidade, a ação do IRB (IRBR3) caiu de cerca de R$ 44 para em torno de R$ 1 e nunca mais se recuperou.
Por fim, destaca-se que demais investidores que se sentiram lesados pela auditoria PwC podem ainda fazer parte do processo até o dia 10 de fevereiro entrando em contato com o Instituto.